domingo, 7 de abril de 2019

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O tempo é um senhor sentado em um trono sem cor.


O tempo é implacável.
Sabe o que fazer com o presente e o passado.
Nós não sabemos.


O tempo controla quem somos entre lembranças e esquecimentos.
Nos divide entre caminhos que se cruzam.
Testa os pesos e as medidas das nossas escolhas.
E o que resta a cada um de nós senão os ricos ocultos na realidade das opções?

O tempo continua sendo o maior contador de histórias, diga-se de passagem, em tempo real.
Uma narrativa que conta em detalhes nossos triunfos e tragédias.
O tempo pontua cada linha. De segundo a segundo.

Nesse meio tempo seguimos nos prendendo para sobreviver ao que liberta.
Nos distraímos tentando montar o puzzle de ser ou não ser no caos das entrelinhas.
No mais, somos peças que se encaixam antes de voltar para caixa.
Somos um misto do que foi e do que é na linha do tempo.

O tempo é um senhor sentado em um trono sem cor.
Um grande deus que observa, faz suas anotações e registra os acenos das chegadas e partidas.
O tempo é um técnico em campo que não tem time preferido. 

O tempo não para.
Sua missão é nos trazer movimento.
E você, o que está fazendo?

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#tempo #presente #passado #entrelinhas #realidade

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

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O círculo vicioso que nunca desliga.

Me dei conta de que há muita repetição em minha vida e percebi que a culpa é toda minha.
Sou eu que entro, que pulo, que mergulho, que me permito.
Em qualquer lama, lá estou eu tentando cristalizar.
Em qualquer sobra, lá estou eu pronta para transbordar.
Em qualquer sopro, lá estou eu querendo voar.
Nunca fui de recuar, me assustar fácil, soltar a corda e ir para o bote salva-vidas. 
Eu não ligo de me machucar. Nunca dei desculpas para não tentar.
Mudo de ideia, de trabalho, de casa, de cidade, de par, de humor e mesmo assim, as coisas voltam como não houvesse chance para serem diferentes.
Talvez eu as recepcione sempre da mesma forma, ou só o fato de ser receptiva sem me importar se é mais do mesmo faz com que eu esteja sempre na posição de trouxa. Porque eu sou sim, não nego. Pelo menos sei que sou daquelas trouxas com bagagem e eu garanto: sou cheia, transbordante, intensa, profunda. O peso de ser assim é meu, não estou aqui para pedir que me carreguem. Só acho que precisamos dar mais as mãos.
Uma coisa que me causa pavor é alma rasa. Tenho medo de sentir preguiça de mim mesma. Enquanto eu estiver com preguiça do mundo está tudo certo.
Ah! Essa mania de viver com o coração pulsando por tudo ainda vai me matar de amor.

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segunda-feira, 21 de março de 2016

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Eu poderia te desejar bom dia em todas as manhãs com a mesma alegria de saber que você existe.

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sexta-feira, 4 de março de 2016

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Pessoas amorosas tendem a demorar mais para se desprender.
A paciência que falta para os outros, sobra para elas.
Descartar não é um verbo que utilizam no primeiro erro.
Ignorar não é uma opção que escolhem no segundo equívoco.
São elas que perdoam, que reaproximam, que demonstram afeto.
Esse tipo de gente coloca o amor na frente e se for para ficar para trás, elas preferem chegar por último, com alma, essência e coração cheio.

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terça-feira, 17 de novembro de 2015

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A compreensão que molda nossa civilização não se elevou o suficiente para ter a plena consciência de que somos uma raça cocriadora a ser definida pelo amor.
Mata-se o propósito da vida a cada gesto que não resulta em um bem maior.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

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Todo coração vem com a sina de criar sua própria lei. E essa, costuma ultrapassar todos os limites.

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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

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Passar por uma transição é uma premissa para se adaptar.
Um processo que exige muito mais ser do que estar.

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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

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Chega um momento da maturidade humana em que amar o próximo se dá pela energia que é recebida, e isso é decisivo também para a energia que emitimos.

Já faz um tempo em que eu aprendi a gostar das pessoas pelo bem que consigo sentir e não pelo tempo de convívio ou pela história que a pessoa tem.

Eu não convivo o tempo todo com muitas pessoas, mas qualquer momento com elas pode se transformar num momento de amor.

Consigo amar momentos, essências, ideias e impressões.
E isso é bom, porque o amor não deve se perder quando não houver a oportunidade de se aprofundar, de ver, de tocar, etc.

O amor é transcendental. É preciso sentir.

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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Tudo é energia


Quando você passa a viver de acordo com uma ótica que vai muito além das coisas materiais e efêmeras, a consciência se expande, a percepção se eleva. Fica bem mais fácil sentir. E sentir é imprescindível para quem deseja se conectar ao Todo e desenvolver o amor ao próximo. 
Ou seja, todos somos um e se não houver a capacidade de reconhecer o outro como parte complementar da sua existência, nunca verá a si mesmo por completo.
Vamos sentir mais.

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Paz vulnerável

A primeira graça pela qual anseio a cada dia: paz.
Porque estar em paz é um estado de graça. Um estado fundamental para suportar a nossa natureza vulnerável, e no entanto, divina.

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

[Escolhidos são um de todos]

Cada um foi escolhido para estar na Terra, seja pelo bem que faz ou pelo mal que causou.
Uns com o propósito de ajudar; outros, com o dever de se redimir.
Todos compartilham da necessidade de concluir suas missões.

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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Nesses dias de agora, parece que eu aprendi duas coisas:

Desapego traz paz.

Gratidão gera amor.

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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

domingo, 17 de agosto de 2014

terça-feira, 12 de agosto de 2014

A falta que faz

Não é porque deixou de doer que já passou.
As marcas ficam. As pessoas se apossam da gente.
É normal que tudo isso aconteça.
Porque é natural ficar só e ter lembranças.
É compreensível estar com alguém e procurar solitude.
Nós, na condição de humanos, temos uma natureza sem desfecho.
Talvez isso explique que quando vamos, algo ainda fica.
Que quando ficamos, alguma coisa já partiu.
Ninguém é tão nosso que não possa nos deixar.
Nem pertencemos tanto a ponto de nunca dar adeus.
Seria melhor agradecermos pelos fins e inícios que se repetem.
E desculparmos, porque ficará sempre em aberto a falta que faz...

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domingo, 27 de julho de 2014


Inverter e sobreviver

Crescer e ter que inverter. 
Deixar as obrigações serem maiores que os desejos. 
Colocar o tempo em tarefas e esforços em coisas. 
Eu acho engraçado quem diz que somos livres. 
Fala-se em livre arbítrio, mas pode-se ignorar que toda e qualquer vida esta fadada a um ciclo? 
Entre as pontas soltas viver e morrer são polos fechados.
Do que se escapa, senão do entendimento da realidade para fazer da ilusão asas.
Desculpa, eu me tornei uma profunda observadora de névoas, borrões e pontuações.
Aqui as reticências são detalhes.
E poucos sabem ver por entre eles.
Fica muito difícil sobreviver com limites e apegos.
Viver então, é invenção para perfeição e aqui se mata e se morre.
Aqui se enterra sonhos, se nega amor.


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segunda-feira, 21 de julho de 2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Imprevistos e Probabilidades

Às vezes todos os sinais levam a crer que A é um sonho bom. 
Só que a realidade usa o alfabeto todo para nos mostrar que entre sonhos e sinais há uma grande chance de imprevistos e probabilidades para uma outra linguagem e percepção. E que pode ser ainda melhor.
A gente quase nunca imagina tendo aquela grande sorte. Mas quem sabe? A sorte de um amor duro na queda com uma leveza cheia de doçura e sabedoria para lidar com os poréns que habita na natureza dos nossos medos e anseios. 
Posso não merecer, mas amor verdadeiro vem de graça porque é encanto. O resto é armação dos nossos dilemas. 
Eu estou pensando assim, e que assim seja.

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sábado, 12 de julho de 2014

“Eu gosto de delicadeza. 
Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, 
no dia-a-dia e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar. 
A delicadeza amolece até a pessoa mais bruta do mundo e disso 
eu tenho certeza. 
Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.” 

Manuel Bandeira

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terça-feira, 8 de julho de 2014

É só ser livre

Para que tantos meios, se não comunicamos a vida que temos?
Para que tanta vida, se o amor ao próximo ficar morto?
Para que próximo, se ficarmos todos tão distantes?
Para que tantas saídas, se não atravessarmos mais pontes?
Para que acreditar que acontecerá algo bom, se não praticarmos primeiro o bem?
Para que provar as coisas ao invés de sentí-las?
Quando a gente é, quando a gente sente, quando a gente atravessa, quando a gente ama, quando o próximo está, e quando a vida é real, nada precisa ser tão discutido.
Nada precisa ser tão só, nem vazio.
Não precisa escapar, é só ser livre.

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domingo, 6 de julho de 2014

Markus Thomas - Imaginário

Uma música deliciosamente pertinente.
Pode ouvir aqui.

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Eu quero algo leve pra me levar pra longe
Que surja por acaso como se nem notasse
Quero um novo tom e uma palavra fácil
Que entra pelo ouvido e me ilumina
É pedir demais algo assim de novo, algo novo?
É pedir demais algo mais?
Quero um amor novo
Um amor de verdade
Que chegue aqui a qualquer hora pra ficar à vontade
É pedir demais algo assim de novo, algo novo?
É pedir demais algo mais?
Quem sabe hoje posso te encontrar
Será.
Eu quero um novo lar
Com móveis confortáveis
Quero um novo lar
Mudado pouco a pouco
Nesse nosso imaginário
Nesse nosso plano
É pedir demais
Algo assim de novo, algo novo?
É pedir demais algo mais?
Podemos sonhar?
E não sonhar só
Quem sabe hoje posso te encontrar
Será.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Carta sobre a fuga

Muitas vezes essa fuga fica bem longe de ser uma suposição.
É bem real e até necessária se em determinado momento eu for escrever sobre uma realidade diferente da minha.
Terei que me afastar dos pensamentos reais que me causam reações reais.
Os sentimentos, em razão dessa interferência da vontade executada na realidade, devem ser projetados para além do agora.
Se vou fugir, não ficarei. E não ficando, para que tanta bagagem?
E o que é a vida, senão um ventilador gigante que joga desde sentidos à parafernálias ao nosso encontro, nem sempre de leve, nem sempre suave.
Essas vontades projetadas me fazem não só fugir da realidade, como ter sensações antecipadas através da imaginação.
Às vezes me traz  esperança, outras vezes frustração.
De qualquer forma, há limites que a realidade se encarrega de colocar, e temos que conviver com isso por bem ou por mal.
Eu poderia dizer que algo faz falta, mas nem vou falar isso neste momento se eu mesma estou um pouco perdida no meu isolamento.
Às vezes é preciso esquecer um pouco os parênteses entre as pessoas, e determinar que as palavras sigam até o ponto final, sem abreviações.
Não, não estou pedindo um diálogo. Eu já nem peço nada faz muito tempo. Quero prestar atenção no meu silêncio.
Já me invadiram demais, e eu não sei qual arrombamento me deixou o vazio que tento explicar a mim mesma.
Por certo, a situação já esteve melhor, até mais colorida, cheia, viva...
Não sei se preto e branco como um retrato borrado que vi jogado em algum canto de mim seria o tom certo para definir o chão e o céu em que subo e desço nesses dias tão estranhos.
Apenas sei que não há para mim a necessidade em separar o que tem cor do que não tem. O que tem luz do que não tem. Nem separar a alegria da tristeza. Porque no fim das contas, eu sou e tenho um pouco de tudo isso em mim. Tudo junto é que me faz sentido.
Gosto assim. Gostem de mim assim, se puderem. Se não for tão complexo entender. Se não for doer.
Eu nunca pedi para ser entendida. Posso apenas assegurar que isso só acontece com quem me sente; e sensibilidade vem em silêncio, vem devagar. Ela descalça, desnuda, interpreta, compreende e capta a verdadeira essência  do eu que me pertence, dos outros, das coisas, da existência na paralela do que coexiste. Assim, bem simples.

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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Ter o espelho diante de si era como ter outra pessoa para conversar.
Foi então que ela disse para a outra refletida:
- O problema do espelho é que ele mostra mais como estamos, e não necessariamente quem a gente é.
Se pensar bem, não somos tristes ou felizes o tempo todo. É um estado de quando estamos.
Ele apenas nos revela esse momento, até mesmo quando estamos naquela de "fora de si".

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terça-feira, 1 de julho de 2014

Sem medo de amar

É realmente um ponto de chegada, um suspiro de alívio, uma luz no fim do túnel.
Não ter medo de amar é apenas o recomeço de quem conheceu face a face a doçura do amor, mas viu em algum momento, que até o amor tem sua sombra.
Abrir-se para o amor é como abrir uma janela em uma manhã de Sol, e banhar-se na luz.
É tão bom ser envolto pelo amor, que o temor maior se resume em perder esse brilho e restar apenas cinzas.
Eu quero querer sem ter medo, mesmo que eu saiba que ressurgir do pó seja a minha única salvação.
Só o amor pode salvar quem se desfez.
Sei que é através dele e por conta dele que viver e morrer acaba sendo a mesma coisa quando a gente se entrega.
Talvez um dia alguém vai me aparar nos braços quando eu me jogar, mesmo que seja em pedaços.
Se esse dia chegar, pode vir com medo mesmo. Eu irei com os meus. 
A gente aprende a contornar as sombras e a utilizar as sobras. 


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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Meu coração suplica por amor

Escolhas que pesam no coração, esse é o meu raciocínio daqui em diante. Quero entrar na vida de alguém, ao menos com uma certa noção de espaço. Quero ter a mais completa certeza do ponto limite que eu posso me entregar e mergulhar no relacionamento. Quero que os meus sentimentos funcionem lado a lado com a razão, verificando e se prevenindo de tudo o que não está entre os meus princípios. Quero controlar as minhas atitudes, quando escuto ou leio palavras de amor. Afinal, palavras são apenas palavras. Busco muito além disso, quero verdades no meu caminho. Desejo um amor, diferente de todos os que eu conheço. Um amor, que me faça sentir ignorante por não saber como agir, estremecendo a minha razão. Cansei de tentar conscientizar o outro lado sobre o quanto é importante a entrega absoluta, de cobrar atitudes e maturidade de quem não tem, de implorar por atenção ou aceitar migalhas para não ficar sozinha. Aguardo ansiosamente, por um amor que se entregue e que não exija de mim 100%. Um amor que venha com pelo menos 50% de boas intenções. Um amor que some e agregue na minha vida e na minha personalidade, que seja o motivo dos meus sorrisos e não a razão da minha felicidade. Aprendi, então, que a felicidade de cada um, depende de nós mesmos. Você não deve amar e se doar por duas pessoas, isso é inviável em um relacionamento saudável. Que para dar certo e ser duradouro, as metades devem estar em sintonia, sem restrições, sem limites. Abrir mão de pessoas e coisas que possam interferir, é natural e muito preciso. Novo amor, vem fazer a diferença. Pode chegar com os braços abertos e com o coração machucado, eu prometo saciar todas as suas dores e traumas. Eu não me importo se você vier pela metade, só peço que esteja sempre aberto a se entregar e viver um amor incondicional. Se você possuir problemas, vamos superar juntos. Eu prometo, quando você chegar eu ainda estarei te esperando. Todas as feridas amorosas que a vida me proporcionou, só elevou o meu grau de esperança diante das frustrações. Nessa doce espera, seguirei mantendo o meu foco de te encontrar. Depois de tanto tempo, eu finalmente compreendi, que de nada adianta eu te procurar em outras pessoas no meio do caminho, se em nenhuma delas encontro a minha paz espiritual. Demore o tempo que for, eu prometo que não vou mais me iludir com falsos amores. Eles podem até aparecer enquanto estou andando distraída, uns podem estar vestidos de beleza, outros de gentileza, outros de dinheiro ou fama. Nada mais me importa, tracei o meu foco e agora eu só aceito o amor que eu mereço ter. E para isso, não vou mais me machucar com as fantasias. Novo amor, você vai trazer sentido e remendos, para um coração que suplica por intensidade. Compreendi, finalmente, que o nosso encontro vai acontecer por merecimento de ambos os lados. Essa conversa furada de acaso ou destino, é apenas um argumento para despistar uma consciência pesada. Afinal, cada um colhe o que planta. E agora eu não me contento apenas com uma árvore, busco a floresta inteira. Chega logo, o meu coração está pedindo socorro.

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Por Jéssica Pellegrini.

(via Notificações Do Coração)

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Acho que fins, términos, fechamentos, são apenas parte de um processo no qual o ciclo da vida se completa.
Nem tudo toma a forma que desejamos. Algumas ficam com sobras, outras ficam maiores do que cabem. E cada um sabe o seu tamanho, a força que tem, a capacidade de compreender, a sabedoria que possui para lidar, e principalmente, o limite que lhe cabe.
Posso dizer que é muito bom deixar que tudo tenha o tempo que deve. Muitas pessoas querem abreviar o sofrimento ou expandir a felicidade. Duas coisas que não controlamos totalmente. Eu diria que razoavelmente damos conta de equilibrá-los.
Não é possível encontrar paz quando a consciência acusa que fizemos demais ou de menos.
Porém, o pacificar da alma está inteiramente ligado ao bom comportamento, ao caráter, ao amor em abundância, ao bem e suas ramificações.
Eu quero somente respirar aliviada por ter deixado que os anos passassem em liberdade para digerir e curar cada capítulo da história que eu escolhi viver.
Toda escolha tem consequência, e todo o por vir é um pós ato-fato.
Acontecemos e isso basta.
Não há ser humano que não tenha sinais de sua vivência. São lembranças, cicatrizes, vozes ao fundo entre risos e choros, frios na barriga, pontadas no coração e insônias que se alternam entre angustia ou prazer, derivando da ansiedade; e todos somos vítimas de nós mesmos que caminhamos ansiosos pelo chão do equívoco e da sorte.
A gente tem um lado fraco e outro forte, e isso não muda. Assim como todo recomeço é um início. E agora nós vamos seguir em frente, porque o passado já foi vivido.
Adeus, mas obrigada por tudo que foi real e imaginário.

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terça-feira, 24 de junho de 2014

Eu fico admirada com o dom que as crianças tem de contar histórias, e elas fazem isso usando as coisas corriqueiras de uma maneira tão real e divertida.
Transformam em poesia o que muitas vezes é banal para o adulto.
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Hoje o post é feito e oferecido com amor à minha sobrinha Yasmin, que definitivamente é espetacular! HAHAHAHA

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Havia um caminho florido, regado por lágrimas. 
A menina passava e pingava gotas colhidas em noites de solidão. Certo dia a felicidade bateu à sua porta, e ela abriu. Desde então as lágrimas cessaram, mas o caminho de todo dia já não era florido. Era um caminho seco, e preciso. Como a razão. 
Enquanto se busca a felicidade, a gente transborda. Depois que se encontra, a gente racionaliza a rotina com medo dela ir embora. É que a gente não sabe perder, e tudo se transforma numa questão de ter.

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Texto feito com base na palavra sugerida: flor.

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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Da série: Agradável surpresa musical.
Sou dessas que tem músicas arquivadas que nunca ouviu e um belo dia encontrou e adorou.
Para quem gosta de um som relax, vem ouvir aqui.

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terça-feira, 17 de junho de 2014

Todos os amigos dizem que você tem que gostar de uma pessoa boa, que te mereça, que isso e aquilo.
Eu até concordo, mas o que pode ser feito se essa receita é mágica só na teoria?
Na prática você se vê indo de encontro com o teu avesso, que de uma forma ou de outra desnuda sua alma, tira aquela capa protetora, e ao mesmo tempo tampa a sua visão, coloca uma gaiola em volta do seu coração e te diz: - Silêncio. Presta atenção! Não vai dar certo por muito tempo, mas vai ficar para sempre. 
Vamos ter que conviver com os nossos pedaços trocados e um dia vai fazer muito sentido ter doído do jeito que vai doer. 
Agora é um momento verdadeiro, é isso que vai nos abrir por dentro, e sangrar por fora, em todas as lembranças futuras. 
Vai ter lágrimas e risos. Vai ter um vocabulário só nosso, e isso será uma das coisas que mais fará falta. Isso aqui é viver, depois é sobreviver. 
Você vai ver.

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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Porque eu sei que é possível um amor que não se utiliza de balanças para fazer escolhas.
Se houvesse só qualidades, amaria.
Se houvesse só defeitos, amaria.
Com receio, com medo, com dúvidas? Sim, com tudo e mais amor.
Ao mesmo tempo que ser livre de pesos e medidas pudesse ser um modo sútil de aprisionamento, esse tipo de amor é flexível à incapacidade que temos de construir um bem-estar inabalável.
É por isso mesmo que quando se está fraco, se está forte. Que quando se está amando; as propriedades, os rótulos, os avisos, as prevenções, as tradições, as opiniões e os conselhos são todos inválidos para determinar a forma que uma vida vai tomar vivenciando a essência de um sentimento tão profundo que transforma tudo em motivos e detalhes que passam a codificar uma cumplicidade.
Como medir uma metamorfose? Como tratar as variáveis, se por causa delas nós podemos reconhecer que estamos vivos? Como admitir que é verdadeiro um amor se ele for manipulável?
E sendo assim, propositalmente (im)perfeito, o modo de amar não tem tamanho nenhum. Ele cabe dentro da gente e se agiganta para além nós.
Ele pesa uma pena, que nos dá a impressão de que flutuamos. E ele é tão firme que nos dá a ilusão de poder vencer o mundo.
Esse jeito de amar é a minha falta de jeito. É meio mágico, mas é uma maldição achar todo o resto da rotina, uma atrofiação involuntária e sistemática.
De qualquer maneira, eu não trocaria por nada a certeza de que amar de todo o coração não é saber o próximo passo.
Eu nunca sei,  e é por isso que nunca paro de amar.

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Porque é bom, e hoje a primeira mensagem que recebi dizia:
"Acordei lembrando do seu abraço macio."

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Os sonhos não envelhecem, mas as pessoas sim. 
Algumas tantas envelhecem, mas não amadurecem.
Vai ser um impossível eterno existir uma sociedade sã e equilibrada.
Pessoas: ou elas se perdem no tempo, ou elas perdem os sonhos.

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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Dia dos namorados, comercialmente falando. 
Tirando isso, hoje é uma linda música a minha dica para quem está de coração cheio! (: 
India.Arie - Ready for love



quarta-feira, 11 de junho de 2014


Leslie Feist é uma cantora/compositora canadense nascida em 13 fevereiro de 1976. 

Em sua passagem pelo Brasil em 2012, ela se apresentou no Cine Jóia nos dias 22 e 23 de outubro com repertório de Metals, seu quarto álbum e outros sucessos. 

Eu fui no dia 23 e posso afirmar que a presença de palco dela é maravilhosa... Com certeza entrou para a lista dos melhores shows da minha vida!
É difícil escolher uma música, mas por hora vai ser esta aqui.



Até a tristeza precisa variar. 
Cansa ficar descontente com a(s) mesma(s) pessoa(s).
Com os motivos de sempre.

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terça-feira, 10 de junho de 2014

É que no fim das contas tem uma afinidade consciente e outra do além.
Além de tudo que poderia explicar, e ainda assim não entender.

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segunda-feira, 9 de junho de 2014


É muito raro um relacionamento que tem tudo às claras.
Mas isso também vai amadurecendo com o convívio.
Vai se expandindo com a confiança e cumplicidade. 

Seja paciente...
Relacionamento é basicamente um teste de comportamentos.
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#conversa #amigs #meuconselho #eupensoassim

domingo, 8 de junho de 2014

Hoje na Trilha do Bloco tem a música 'Vou ser você'.
Primeira música que eu ouvi do cantor, compositor, instrumentista, arranjador e produtor musical, 
Leo Cavalcanti.
O trabalho dele é muito bom, e a presença de palco é melhor ainda.
Fui num show dele e me encantei. Recomendo a todos!

Escute essa música aqui.
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Não sei porquê só me enxergo perto de você.
Não vou dizer "não há de quê" quando não tem você.
Não vejo em mim um só ninguém, sou só um refém do poder do seu aparecer.
Você diz que não sabe se é tão saudável meu jeito de te querer.
Eu só respondo que não há porque eu não ser você.
Vou ser você, além da dimensão de um bem-querer.
Como crochê, quero tecer eu em você.
O 1+1 já não é 2, é um outro ser.
Sem posse ou fossa que faz sofrer.
Não vou ser eu sem ser você.
Contanto que você também permita a mim te ser.
Fico a mercê dos atributos seus de A à Z.
Seus lados bons, e ruins também.
E os traumas que vem de bebê.
Ser seu é meu dever.
Já estou triste, cansado de ser aquele velho eu que nunca foi você.
Por isso te estudo pois quero aprender a virar você.
Vou ser você, transformação será ao degradê.
Te vou me ser, aprofundar seu, meu prazer.
Temor algum pra abandonar meu velho ser.
Meu coração não quer miserê.
Só vou ser eu se eu for você.
Já sei de cor seus brilhos que são mais de seis.
Seus risos, seus jargões, seu rituais, suas leis.
Já ouço os seus ouvidos, vejo as suas cores.
Respiro os seus suspiros, suo os seus calores.
Desfaço-me de muros pra te receber.
Não há mais "meu" nem "seu", só tem "me ser você".

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sábado, 7 de junho de 2014

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A raiz da expectativa é o apego.
A raiz da esperança é a carência.
A raiz da ilusão é a fragilidade.
A raiz da escuridão é uma alma apagada.
Uma alma livre é iluminada e floresce.

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Tem música que eu visto como se fosse mais uma camada de pele minha.

Avishai Cohen é um israelense nascido em 1970, baixista, compositor e cantor muito bem conceituado no cenário jazzístico.
Já esteve no Brasil e é impecável em suas performances ao vivo.
Escute aqui.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Eu recuperei o meu fôlego e coloquei para dentro todo amor até esmagar outros sentimentos para me libertar de você e das minhas expectativas. 
Amor aqui nunca vai faltar. E eu só posso agradecer, pois não teria outra forma de revelar o quanto eu posso traduzir em palavras o que eu sinto se não fossem os momentos em que abismos e ventanias me esconderam na caverna do pensamento. 
O abandono tende a nos levar a essa exclusão. E eu fui. Entrei lá nas profundezas de uma bolha. A minha bolha de estimação. 
Os pensamentos não eram claros no início. Por isso, eu voltava a pensar uma, duas, dúzias de vezes para encontrar os detalhes e depois, juntá-los.
Eu descobri que existe um grau de masoquismo embutido no anseio de entender o sofrimento. E considerando isso, eu sei que quanto mais eu penso, mais eu sofro. 
Só que desprezar esses pensamentos nem de longe é uma vitória se todo o desconforto prevalecer à mínima lembrança.
Então não. Por favor, não me faça cair nessa de que esquecer é o melhor remédio. De que ignorar é a melhor opção. Tudo isso serve, mas só é eficaz quando a gente se engole. Quando a gente se perdoa primeiro. E eu quero ter o direito, o espaço e o tempo para isso.
Hoje eu sei que deixar de pensar no que me machuca pode me fazer correr o risco de perder o prazer da descoberta, o grito de liberdade, o gosto da vitória... Que é exatamente o ponto extremo do bem-estar. Com dor ou sem dor, o ato de pensar não pode ser tirado. Então eu não aceito que me digam para esquecer ou para lembrar em determinada hora. Eu só aceito a liberdade de pensamento, e esse não é um braço para carregar um relógio cronometrado, e nem uma bomba para explodir a um estalar de dedos. 
O único mecanismo que funciona em mim é a percepção do tempo. E eu sei que ele se prolonga nas minhas dificuldades emocionais na mesma proporção em que eu vou fundo nos meus relacionamentos. 
Compreendi tanta coisa a ponto de perder a ilusão em relação a quase tudo, mas o mais incrível e mais eterno foi perceber que tudo o que era efêmero em você, se tornou sólido em mim. Que eu posso ser o seu avesso e ainda assim estar no meu lado certo; mesmo se eu estiver na contramão.

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Encontre o seu equilíbrio que em seguida a paz virá ao seu encontro. 


terça-feira, 3 de junho de 2014

Eu acho que amor é para sempre, mas os diversos interesses sofrem alterações.
Até o silêncio afasta a identificação... Só não cala o que tem voz eterna.
Dizem que quem ama deixa livre, e se possível, também se faz livre.
Penso que nenhum apego é amor demais e afastamento não é amor de menos. 
São paralelas da convivência. Resultados das escolhas. Meios de sobrevivência.
O único ponto crucial para tudo ter sentido, é que se fale de amor considerando que amor é verdadeiro. Não adianta nomeá-lo e dar significado diferente da essência que lhe cabe.
Se não existe certeza de que o que se sente é amor, qualquer coisa poderá sintetizá-lo, mas nunca justificá-lo.
Amor não é isso de derivados. Ele é o prefixo.
Vem primeiro e não, não vai por último.
Amar não é um nó, é um ponto. Um ponto de partida que só conhece a chegada, e que pertence a quem chega. É parte da própria vida.
Depois do amor, tem mais amor.
O que acaba tem outros nomes.
É outra coisa, e não vem antes.
Antes do amor só vem a própria vida.

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MINDA, do verbo: EU QUERO! 




Sabe o clássico I Will Survive?

O trombonista sueco nascido em 1956, Nils Landgren, fez uma versão que eu particularmente acho que é a melhor já feita para essa música.

Escuta aqui.




segunda-feira, 2 de junho de 2014


Conforme a Natalie sugeriu.
Aqui está o texto, considerando a letra da Alanis.



Eu não posso ser tratada como uma rosa, se eu sou uma orquídea.
A minha natureza não deve ser confundida com a sua.
Ainda que a mesma água nos alimente, eu posso ser um pouco mais sedenta.     Sei que dou trabalho. Será essa a minha função? Entreter?
Talvez o cuidado comigo valha a pena quando eu florir.

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A única coisa importante que não deveria faltar entre nós, era diálogo.
Era preciso boas respostas, mas algumas ruins também serviriam.

Eu te dei perguntas e fiquei no monólogo.
Tudo bem se existiram dúvidas.
Nunca disse que eu não tinha as minhas.
Eu só pensei que ter você seria uma boa conversa para silenciar o mundo.
Me enganei. Ficou tudo barulhento quando você se calou.

Eu lamento, mas ainda vivo cultivando perguntas.
Nem tudo está perdido porque ainda há a possibilidade de novas respostas.
Pode não ser a sua voz, nem sua mensagem, nem sinais de fumaça, nem nada com o seu nome, ou com a sua foto no avatar.
Pode ser só eu com tudo isso, exceto você.


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Conforme a sugestão da Cris.
#DeualoucanaLETRA responde:


Acredito que a causa das nossas alegrias pode ser a existência de uma coisa boa ou a inexistência de algo ruim; e o equilíbrio entre essas duas causas traz como consequência um ser em movimento, que se sente leve, sorridente, firmado em terreno plano da sua consciência, alimentando-se de detalhes próprios e significativos, que para si é contentamento e para o outro pode ser uma bobagem qualquer.
A verdadeira alegria tem o poder de colocar na paralela a luz e a sombra. 
Por mais que se veja a sombra, continua-se num estado de iluminação. 
Agora imagina o oposto disso? Terrível e constante em nossa realidade onde o descontentamento é tão presente.
Uma pessoa alegre tende a se manter pacífica, bem humorada e generosa. 
Nesse aspecto, eu acho que a alegria tem a sua própria forma de domar o ser. 
É comum ouvir ou dizer aquela expressão: “Hoje nada vai tirar a minha alegria”.
Os medos, as preocupações e os imprevistos são domados a ponto de não se tornarem uma ameaça. Ouso dizer que a alegria é um valor que cada um paga com os conflitos que quita. 

Rosas, que nada!

hahahahahaha
"Você precisa ter um emprego. Você precisa prestar um concurso público. Você precisa acordar cedo. Você precisa comer salada. Você precisa frequentar a academia. Você precisa se fazer de difícil. Você precisa ter contatos. Você precisa falar menos palavrão. Você precisa fazer uma pós. Você precisa juntar dinheiro. Você precisa ter estabilidade. Você precisa ser mais responsável. Mas eu não sou você. Mas eu nem sei mesmo se preciso saber quem eu sou agora, amanhã e depois. Mas eu detesto protocolos. Mas eu queria sair sem rumo. Mas eu queria viajar o mundo. De mãos dadas ou mãos soltas por aí. E essa estabilidade me assusta tanto quanto essa instabilidade. E se eu não fizer a menor ideia do que eu estou fazendo com a minha vida? E se eu mudar para o Marrocos pra fazer trabalho voluntário e fizer um dread no cabelo e uma tatuagem na costela? E se eu me casar semana que vem com alguém tão solto quanto eu? E se cada filho meu nascer num país diferente? E se eu morar na praia e tiver uma horta no quintal de casa? E se eu for escritora, mãe, cigana, leoa, louca, dona de casa, esposa, filha, nômade, poliglota, apaixonada, bêbada, espiritualista? Eu quero assim."

- Melina Flynn

Post de uma amiga que escreve muito bem sobre pensamentos que eu conheço.
Para conferir um pouco mais do que ela escreve, é só visitar e curtir a página do livro dela.
Estreando o 'Trilha do Bloco' com a música Cuida de Sique faz parte do primeiro álbum solo da Jennifer Souzatambém vocalista da banda Transmissor.
Vem ouvir aqui.

Tenta desvendar
O que a vida te guarda
Abre as portas
Sem trancas

Bem à sua volta
Alguém já te olha
E espera o mesmo em troca

Se o seu coração quiser
Enfim

Cuida de si
Primeiro

Cuida de si
Pra dividir
Ser inteiro

Pegue a vontade que
Nascer além do medo
Faça o céu abrir
Depois de rir por dentro
Começa com amor e termina com paz.


 
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